Sob o rótulo de “populismo“, o pensamento
político tem caracterizado manifestações em que o povo estabelece conexão
direta com uma liderança, desestabilizando a democracia representativa.
Mas para Ernesto Laclau a flexibilidade com
que o conceito é aplicado a situações as mais contraditórias, tanto à
direita, como à esquerda, revela a dificuldade de entender o populismo.
Ernesto Laclau, um dos mais respeitados filósofos
políticos latino-americanos, que morreu no ano passado, revê no livro – A
Razão Populista(São Paulo: Editora Três Estrelas; 2013) – a literatura
histórica e filosófica sobre o populismo, sobre a psicologia das massas e os
movimentos populares. Ele demonstra que o populismo não é
uma ideologia nem uma conduta irracional, mas segue uma lógica específica,
relacionada às identidades coletivas e às demandas sociais.
Ernesto Laclau nasceu na
Argentina, em 1935. Foi professor emérito de teoria política na Universidade de
Essex (Grã-Bretanha). Licenciou-se em história pela Universidade de Buenos
Aires e fez seu doutorado na Inglaterra nos anos 1970. Morreu em abril de 2014
em Sevilha, na Espanha. É autor de Política e Ideologia na Teoria
Marxista (Paz e Terra, 1978),Hegemony and Socialist Strategy (Verso,
1985) e Emancipação e Diferença(EdURJ, 2011).
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